As testemunhas de acusação dos prefeitos de Pescaria Brava, Deyvisonn Souza, e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa, são ouvidas em audiências que fazem parte da investigação da Operação Mensageiro.
As audiências tiveram início ontem no fórum de Joinville, onde está a maioria das testemunhas do processo. A primeira sessão foi sobre Pescaria Brava. Estavam previstas para serem ouvidas nove testemunhas. Deyvisonn foi preso na 1ª fase, no dia 6 de dezembro de 2022.
Hoje, será a vez das 12 testemunhas de acusação contra o prefeito de Capivari de Baixo. Vicente foi preso na segunda fase da operação, no dia 2 de fevereiro. Em ambas as audiências, apenas a defesa deverá estar presente.
Nos dois casos, os prefeitos investigados ainda não irão depor. Não há data definida para que eles sejam interrogados. A desembargadora responsável pelo caso, Cinthia Bittencourt Schaefer, deve ouvir o mesmo grupo de testemunhas, formado por policiais e investigadores que atuaram nos casos de Pescaria Brava e Capivari de Baixo. Depois desta etapa de depoimentos, deverá ser aberto o prazo para apresentação das alegações finais da acusação e defesa.
O objetivo das audiências, relacionados ao prefeito de Pescaria Brava e o de Capivari de Baixo, é entender como funcionava o esquema envolvendo corrupção em contratos para coleta de lixo nas duas prefeituras.
As audiências são consideradas parte da primeira etapa do processo na Justiça.
A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sobre o esquema começou há um ano e meio, após denúncias, acompanhamento de entregas de dinheiro e rastreamento de celulares.
Operação Mensageiro
Deflagrada em 6 de dezembro de 2022, a operação já teve quatro fases. Na primeira, quatro prefeitos foram presos, um deles durante uma viagem oficial em Brasília. Na segunda, em 2 de fevereiro, dois prefeitos também foram detidos. Na terceira fase, o prefeito de Tubarão foi detido junto com o vice. Na quarta etapa, foram presos oito prefeitos.