O prefeito de Urussanga, Luis Gustavo Cancellier, deve retornar para a prisão preventiva, porém deve ficar preso na cela da área de enfermaria da Penitenciária Industrial de Joinville. Em primeiro momento, ele esteve detido no Presídio Santa Augusta, de Criciúma. As informações são da Rádio Marconi.
O chefe do Poder Executivo estava em prisão domiciliar desde o dia 17 de maio, após a defesa alegar suspeita de infarto. Na decisão divulgada nessa quinta-feira, dia 27, o Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC) acolheu o agravo interno do Ministério Público de Santa Catarina.
Os vereadores também envolvidos na investigação Operação Terra Nostra estavam ainda em prisão preventiva, porém devem ser soltos. Eles vão usar tornozeleira eletrônica e devem pagar fiança, sendo R$ 14 mil e R$ 56 mil. Os vereadores continuam com afastamento das funções públicas.
O que diz as decisões
Segundo a Rádio Marconi, para justificar tal decisão, o TJSC ressaltou que, embora Cancellier apresente indícios de pressão alta e outras condições de saúde comuns, milhares de presos em todo o país enfrentam condições similares e são tratados dentro das unidades prisionais.
Além disso, o tribunal ressalta a falta de uma quantidade significativa de exames médicos para alguém que alega ter uma doença grave. Segundo o órgão, Cancellier já solicitou prisão domiciliar anteriormente sem mencionar possuir doenças graves. “Na verdade, parece que foi depois da concessão provisória de prisão domiciliar que o denunciado, a priori, aparenta estar produzindo laudos particulares”.
A decisão destaca ainda que, nas primeiras semanas de prisão domiciliar, houve poucos exames médicos realizados pelo réu. No entanto, mais recentemente, foram agendados novos exames para coincidir com o término do prazo da prisão domiciliar. “Inclusive, não passa alheio a este Juízo que nas primeiras semanas da domiciliar o agravado pouco ou quase nenhum exame fez, tendo agora, não surpreendentemente, marcado novos exames para a época em que cessaria o prazo concedido de prisão domiciliar”.
Fonte: Engeplus