O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), manifestou preocupação na manhã desta segunda-feira, dia 11, com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de solicitar o afastamento de parlamentares acusados de obstruir o plenário, incluindo três representantes de Santa Catarina, Zé Trovão, Caroline de Toni e Julia Zanatta, todos do Partido Liberal.
Segundo o governador, os argumentos apresentados para justificar a medida são frágeis. Ele citou, como exemplo, a acusação contra a deputada Julia Zanatta, que teria permanecido no plenário com sua filha, ainda em fase de amamentação. “Qual o problema nisso? Onde está o perigo de uma deputada, mãe, estar com sua filha no plenário? Estamos em um país democrático. Alguém iria atacar uma deputada em plenário?”, questionou.
Mello destacou que Santa Catarina já enfrenta um cenário de desequilíbrio federativo, recebendo somente 10% do que envia em recursos para Brasília, e que a redução da representatividade política do Estado agravaria ainda mais essa situação. “Vamos trabalhar pela paz e pela convergência. Não é afastando deputados que discordam do que está acontecendo que vamos fortalecer a democracia”, concluiu o governador.
Quem são os deputados
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Zucco (PL-RS), líder da minoria
- Allan Garcês (PP-MA)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Marco Feliciano (PL-SP)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Marcel Van Hattem (Novo-RS), líder do partido
- Zé Trovão (PL-SC)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Julia Zanatta (PL-SC)
O colegiado já puniu neste ano dois deputados com a suspensão do mandato por três meses. A punição contra Gilvan da Federal (PL-ES) terminou na segunda-feira, dia 4, quando ele voltou a exercer o cargo. Já André Janones (Avente-MG) continua afastado até 12 de outubro.
Fonte: Engeplus