O prefeito de Orleans e presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (CIS-Amrec), Jorge Koch, decidiu na manhã desta quarta-feira, dia 5, que não acatará o pedido feito por cinco prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) pela demissão Roque Salvan do consórcio. O desligamento do diretor seria uma contrapartida para que Criciúma, Forquilhinha, Cocal do Sul, Nova Veneza e Siderópolis voltassem a realizar o repasse das mensalidades para a associação.
O impasse vem movimentando os bastidores da entidade, que corre o risco de acabar, já que a não contribuição de cinco dos 12 municípios da Amrec inviabilizaria financeiramente a associação. “Vou acompanhar a minha consciência e acompanhar a decisão da assembleia que decidiu pela permanência do Roque (Salva), sem a presença na assembleia dos cinco dissidentes. Lamento profundamente pelo presidente da Amrec, o Noi, prefeito de Morro da Fumaça, que está fazendo de tudo para resolver o problema. Então vamos enfrentar o problema, não demito o Roque”, enfatizou Jorge Koch.
Entenda o caso
O imbróglio começou pela troca de diretores na associação e no consórcio. Quando se tornou presidente da Amrec, o prefeito de Morro Fumaça, Agenor Coral, o Noi Coral, substituiu a diretoria executiva da entidade. Demitiu Nelson Silva do cargo e contratou Clédio Fachin, por querer uma pessoa de sua confiança na função. Seis dos 12 prefeitos da Amrec pediram, então, que o prefeito de Morro da Fumaça colocasse Silva na diretoria do CIS-Amrec. Como não possui gerência sobre o consórcio, Noi Coral alegou que não poderia fazer a substituição, gerando uma ruptura.
Nessa terça-feira, nove dos 12 prefeitos da Amrec se reuniram e alinharam uma possibilidade para encerrar os desacordos: Roque Salvan seria demitido, desde que outra pessoa, que não fosse também Nelso Silva, assumisse a diretoria do CIS-Amrec. Só que a medida não foi acatada por Jorge Koch. “Segunda-feira fiz um gesto de querer salvar a Amrec, aceitando a ideia de demitir o Roque Salvan. A Dalvania convidou os cinco prefeitos dissidentes para conversamos sobre o gesto. Dos cinco apareceram três, que além da demissão do Roque exigiram a demissão do advogado Gideão Barros e abertura de uma auditoria. No momento o prefeito de Criciúma já colocou alguns nomes da prefeitura de Criciúma e o nome do advogado Giovanni (Dagostin), da Amrec, para substituir Roque e Gideão”, revelou Koch.
Na manhã desta quarta-feira, veio à tona a notícia de que há uma ação milionária contra a Amrec. Uma empresa que realizou auditoria para a associação não teria recebido os pagamentos pelos trabalhos prestados e bens da entidade estão penhorados no processo. “Hoje de manhã fomos surpreendidos por esta notícia sobre a ação milionária contra a Amrec por falta de pagamento dos municípios de Criciúma, Nova Veneza, Siderópolis, Morro da Fumaça e Içara. Três que exigem a demissão do executivo do consórcio não pagam suas contas, prejudicando a Amrec. Não pagam a empresa do processo, não pagam a mensalidade, deixando a associação em situação vexatória”, disparou o prefeito de Orleans. “Só pagam se cumprirmos as exigências deles, que é a demissão do Roque e do Gideão, além da auditoria”, emendou.
Fonte: Engeplus