Os advogados de defesa do prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior, devem entrar ainda hoje com o recurso para reverter a cassação do político. Em nota oficial, a defesa disse que não concorda com a decisão tomada pela Câmara de Vereadores na sessão extraordinária de terça-feira, “que culminou na cassação de seu mandato arduamente conquistado nas urnas”.
“É inadmissível que, em um estado democrático de direito, decisões sem provas sejam tomadas em nome da legalidade. A história contada às futuras gerações será rigorosa para com aqueles que colocaram seus interesses particulares sobre a democracia”, disseram por nota os advogados Camila Pires Fermino, Diogo Martins Farias e Natália Hellen Corrêa.
A defesa afirma que tomará todas as medidas cabíveis para garantir o retorno do prefeito Rosenvaldo ao Poder Executivo de Imbituba e, com isso, “permitir com que ele possa terminar o mandato pelo qual foi eleito democraticamente”.
Em um vídeo, Rosenvaldo diz que recebeu com surpresa e indignação a decisão, “até porque quem acompanhou a sessão pôde ver a ausência de fatos relevantes que levassem à decisão tomada pelos vereadores. Em nenhum momento, ficou comprovada omissão ou negligência deste prefeito ou falta de responsabilidade ao exercer o cargo. Pelo contrário, a cada dia desse mandado que a gente conseguiu democraticamente, temos dado o nosso melhor. A injustiça foi feita contra o prefeito Rosenvaldo e contra todos aqueles eleitores que democraticamente decidiram, em 2016 e 2020, pelo nosso mandato”, disse.
Votação na Câmara
Em uma longa sessão encerrada na noite de terça-feira, a Câmara de Vereadores de Imbituba decidiu pela cassação do mandato do prefeito Rosenvaldo da Silva Júnior (PSB). Em uma manobra de última hora, o processo foi desmembrado e o vice-prefeito Antônio Clésio da Costa (PP) acabou sendo absolvido. Desta forma, Clésio assume o comando da prefeitura depois de escapar da cassação por apenas um voto. Eram necessários dois terços dos votos do plenário para a cassação – nove dos 13, portanto. O placar no caso de Rosenvaldo foi de 9 x 4, e no caso de Clésio foi de 8 x 5. Eles foram acusados de não responderem a requerimentos da Câmara e omissão na gestão de recursos destinados pelo governo do Estado ao município.
Fonte: Diário do Sul