Por 11 votos a quatro, a abertura de um processo de impeachment do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e o vice, Caio Tokarski (União) – presos preventivamente desde o dia 14 de fevereiro pela Operação Mensageiro -, foi rejeitada na Câmara de Vereadores de Tubarão nessa quinta-feira. O requerimento/denúncia recebido pela Casa solicitava a perda do mandato dos dois.
Os quatro votos favoráveis à abertura de uma comissão processante para avaliar o pedido de cassação vieram dos vereadores José Luiz Tancredo (MDB), Felippe Tessmann (Podemos), Thiago Zaboti (DC) e Denis Matiola (PSDB). As justificativas principais dadas por eles era de que cabe à Câmara de Vereadores uma resposta à sociedade, uma vez que os então mandatários estão há mais de 90 dias afastados do cargo sem autorização, o que já compete em um pedido de impeachment, entre outros.
Já os votos favoráveis tiveram como principal argumento de defesa o fato do caso ainda não ter sido julgado pela Justiça e, portanto, não cabe à Câmara julgar previamente.
O pedido de impeachment foi protocolado ainda nessa quinta-feira na Câmara de Tubarão, pelo cidadão Rudnyr Benvindo Bardini, que alega que a Câmara não tomou nenhuma providência para elucidar os fatos da Operação Mensageiro e que a Lei Orgânica diz que o prefeito e o vice não poderão se ausentar do município e nem afastar-se do cargo sem licença do Legislativo.
Também nessa quinta-feira, um pedido com o mesmo teor foi protocolado na Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo, pedindo abertura de processo de cassação contra o prefeito Vicente Corrêa Costa (PL), também preso preventivamente na Operação Mensageiro. O pedido foi protocolado pela engenheira e filiada ao partido Novo, Cariny Elisabety Mendes Figueiredo, que denuncia o fato do prefeito ter cometido crime de responsabilidade. A Casa ainda não fez a votação.
Réus no processo
Os prefeitos de Tubarão e Capivari de Baixo, Joares Ponticelli e Vicente Corrêa Costa, e o vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, já foram considerados réus na Operação Mensageiro. Além deles, o prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn Souza (MDB), também está preso e foi considerado réu pelo Tribunal de Justiça. Na semana passada, um outro prefeito da região, Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí, foi preso na quarta fase da operação. Desde dezembro, quando teve início, a Mensageiro, deflagrada pelo Ministério Público, já prendeu 15 prefeitos em todo o Estado.
Fonte: Diário do Sul