Com 14,2 mil habitantes, São Ludgero concentra o maior rebanho de codornas de Santa Catarina.
Proprietário de metade do rebanho catarinense de codornas, com 1 milhão de animais, o produtor de ovos Dirlanio Lembeck conta que a demanda pelo produto chegou a diminuir em 2020, por causa da pandemia – o que levou cornicultores a encerrarem as atividades em granjas da região e a abaterem os animais. “Nós seguimos produzindo e, quando o mercado reaqueceu, com a reabertura de bares e restaurantes e a retomada do convívio social, tínhamos estoque para pronta-entrega”, conta Dirlanio.
A atividade tornou a mesorregião uma importante fornecedora de ovos de codorna para o restante do Brasil e a quarta maior produtora – com 8% de toda a produção nacional (em 2018 eram 2%).
O diretor setorial da Facisc, Lito Guimarães, explica que a atividade vem sendo importante tanto para a geração de renda como para o aumento da formalidade na agropecuária. “É mais um exemplo de como a diversidade da nossa produção, em Santa Catarina, é importante para a nossa economia”, avalia o diretor.
Santa Catarina
Com 2,4 milhões de animais, o estado fica próximo dos líderes Minas Gerais (2,6 milhões) e São Paulo (2,5 milhões). Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE.
Só no ano passado o Sul catarinense cresceu quase 30% seu rebanho de codornas, em comparação ao ano anterior, 2022.
O que estimula a criação dos animais é a produção de ovos, que vem crescendo expressivamente nos últimos 10 anos. “São animais com genética muito selvagem ainda, principalmente em comparação a frangos e galinhas, que têm já genéticas avançadas”, explica Dirlanio.
De toda forma, a criação requer menos espaço, é considerada com maior valor agregado e proporciona retornos mais rápidos que a produção de galinhas, por exemplo, até por conta do tempo de crescimento da codorna, que é menor.
Fonte: Diário do Sul