A cada previsão de chuva mais forte, como a que vem ocorrendo desde o início do mês, a tensão aumenta entre os moradores de Tubarão, principalmente os de áreas mais baixas, com riscos de alagamento iminentes. O município não possui, no entanto, equipamentos ou meios de detectar com antecedência a ocorrência de uma enchente.
Na última cheia, que quase fez transbordar o rio Tubarão na área central da cidade, os trabalhos da prefeitura de Tubarão e da Defesa Civil municipal se concentraram nos atendimentos aos atingidos e também em alguns serviços preventivos, como a manutenção das bombas de macrodrenagem e também a disponibilização de abrigos para os desalojados.
Mas ainda faltam para o órgão, segundo a população, informações mais seguras e concretas que possam diminuir em muito os impactos causados com as cheias e os alagamentos, com dados que apontem que poderá haver uma enchente dentro de algumas horas.
De acordo com o gestor-coordenador da Defesa Civil de Tubarão, Diego Goulart, hoje o município não possui sequer réguas medidoras do nível do rio, tendo que contar com a medição da régua do Exército ou da Plantar Agronomia, além da previsão da Epagri/Ciram.
Também não há, embora seja necessário, segundo Diego, uma rede de monitoramento, com estações pluviométricas, que possa dar as informações de toda a situação dos rios que compõem a bacia do rio Tubarão. “Além disso, ainda é necessário um estudo de cotas hidrológicas atualizado, que poderá apontar com quantos metros cada local poderá ter inundação, por exemplo”.
Diego explica que tudo isso, no entanto, está sendo trabalhado pelo município. “Estamos trabalhando para todas estas necessidades, mas requer tempo e recursos, já que também será necessária a realização de licitação para a contratação de um novo estudo de cotas e até mesmo para a compra de equipamentos”, pontua.
“Mas, como disse, estamos andando a passos largos para a concretização destas ações. O prefeito já se prontificou para atender a todas as necessidades, inclusive de transformar a Defesa Civil em secretaria, possibilitando a vinda de recursos próprios. Enquanto isso, vamos trabalhando com as prevenções e os atendimentos necessários para minimizar os efeitos”.
Fonte: Diário do Sul