Agricultores e gestores públicos de Orleans e região estão engajados no apoio a um projeto de lei que pretende mudar a forma de classificação das folhas de tabaco produzidas no Estado. A proposta prevê que a análise da qualidade do produto possa ser feita diretamente na propriedade rural, mediante solicitação do fumicultor.
A Prefeitura de Orleans está liderando uma articulação para que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina realize uma audiência pública sobre o projeto na cidade de Orleans. O movimento é uma parceria do Executivo municipal com produtores rurais, sindicatos, prefeitos e vereadores da região.
O assunto foi debatido durante uma reunião realizada na comunidade de Barracão, em Orleans. O encontro foi realizado em parceria entre a Prefeitura de Orleans e os produtores rurais Laerte Cardozo e Gustavo Orben. Estiveram presentes o prefeito Fernando Cruzetta e a vice-prefeita, Leonete Librelato; o prefeito de Grão-Pará, Helinho Alberton, e o vice, Márcio Blásius; o vice-prefeito de Lauro Müller, Serraninho; presidentes de Câmaras e vereadores da região, e demais lideranças.
Conforme Cruzetta, os produtores apresentaram à classe política a importância da aprovação da lei. “A proposta de mudança na classificação do fumo representa mais valorização do trabalho do produtor rural. Orleans está na linha de frente porque entende a importância desse tema para centenas de famílias que vivem da fumicultura em nosso município”, disse o prefeito.
A classificação do fumo define o preço que é pago ao agricultor. Atualmente, ela é feita em unidades das empresas compradoras, dificultando o acompanhamento do processo pelos produtores. Conforme o autor do projeto, deputado estadual Sargento Lima, essa centralização coloca os agricultores em situação de desvantagem, pois há recorrentes divergências quanto à qualidade atribuída à produção.
O projeto, que está tramitando na Assembleia Legislativa, determina que a classificação do tabaco possa ser feita na própria propriedade rural, quando solicitada pelo fumicultor, com os custos cobertos pelas empresas compradoras. Também prevê a possibilidade de arbitragem por terceiros, em caso de discordância entre as partes.
Fonte: Engeplus