A região registrou, no primeiro semestre deste ano, saldo positivo na criação de novos postos de trabalho formal, com 4.428 novos empregos com carteira assinada criados entre janeiro e junho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Em junho, foram 140 novas vagas criadas nos municípios da região. O destaque do sexto mês do ano ficou por conta de Imbituba, com saldo positivo de 184 empregos novos, e Braço do Norte, que criou 83 postos de trabalho formal.
O setor de serviços foi o que mais criou novas oportunidades de trabalho em junho, com 217 admissões a mais que desligamentos. O comércio vem em segundo lugar, com 168 vagas criadas, seguido da construção civil, com 70 novos postos de trabalho a mais, em junho.
Em Imbituba, município que mais gerou emprego no mês, foi o comércio que mais deu oportunidades de trabalho formal, com 117 vagas. Já em Braço do Norte, que registrou o segundo melhor resultado de junho, comércio (35) e construção civil (33) vêm quase empatados na geração de empregos.
Em relação a todo o primeiro semestre, Jaguaruna apresentou o maior volume de empregos formais criados, com 1.350 postos, seguido de Tubarão, com 1,1 mil novas vagas no mercado de trabalho, entre janeiro e junho.
Estado ultrapassa a marca de 60 mil vagas
Santa Catarina abriu 61.533 vagas formais de trabalho nos seis primeiros meses de 2023, o quinto melhor desempenho do país em volume de carteiras assinadas, ficando atrás apenas de São Paulo (276,8 mil), Minas Gerais (144.298), Rio de Janeiro (74.387) e Paraná (70.927). Além disso, nos últimos 12 meses, o Estado criou 64.369 novas oportunidades.
O governador Jorginho Mello destaca que os resultados são robustos, mas ainda tem espaço para melhorar. “Somos referência nacional quando o assunto é emprego e esses dados são consequência da nossa força produtiva, de um povo empreendedor e confiante, que tem segurança para investir aqui”, afirma, reforçando que agora o desafio é criar oportunidades para acelerar a geração de novos empregos.
Para o secretário da Indústria, do Comércio e do Serviço, Silvio Dreveck, são muitos os motivos para esse resultado. “O povo catarinense é trabalhador por natureza e nosso Estado possui regiões bem desenvolvidas, um ativo muito importante. Nós buscamos atuar como parceiros do setor produtivo, auxiliando na atração de novos negócios. Estamos atentos às necessidades do Estado e vamos criar ainda mais oportunidades à população”.
Santa Catarina também teve um saldo positivo de 1.899 vagas em junho. É um número menor do que o registrado em alguns meses, mas suficiente para manter Santa Catarina como o 5° Estado que mais gerou empregos.
O diretor de Emprego e Renda da Sicos, Carlos Alberto Arns Filho, acrescenta que Santa Catarina possui a maior taxa de trabalhadores com carteira assinada do país. “Isso contribui muito para esses dados, temos também a menor taxa de informalidade entre as unidades da federação”.
Em todo o país, o saldo foi de 1,023 milhão
O Brasil registrou, no acumulado do ano (janeiro a junho), o saldo de 1.023.540 de empregos, resultado de 11.908.777 de admissões e 10.885.237 de desligamentos.
Em junho, o saldo foi positivo em 157.198 empregos com carteira assinada. No período, foram registrados 1.914.130 de admissões e 1.756.932 de desligamentos.
O maior crescimento do emprego em junho ocorreu no setor de serviços, com saldo de 76.420 postos formais. A agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no mês, com 27.159 empregos gerados. A construção civil veio em seguida, gerando 20.953 postos, com destaque para obras de infraestrutura. O comércio registrou saldo de 20.554 postos e a indústria, de 12.117.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o desempenho do Caged faz parte das ações do governo para a retomada da economia. “Estamos fazendo um esforço grande para a retomada do crescimento da economia, para gerar empregos de preferência de qualidade”.
Segundo Marinho, um item que está atrapalhando a geração de empregos no Brasil é a taxa de juros praticada no país. “Se não fosse essa inadequação, nós poderíamos estar falando em 200 mil novos empregos em junho”.
Fonte: Diário do Sul