A proposta de reajuste salarial dos professores apresentada pelo governo do Estado ao Sinte não agradou a categoria. Segundo o coordenador geral do sindicato, Evandro Accadrolli, pela tabela apresentada, apenas 1/3 dos profissionais receberão o reajuste: os que têm mestrado e doutorado e aqueles professores com ensino médio que atendiam em escolas isoladas, por exemplo.
Evandro diz que o montante anunciado pelo governo, de R$ 230 milhões, pode parecer uma quantia gigantesca, mas se fosse para pagar o reajuste a todos os professores no Estado, o valor chegaria próximo de 3% de aumento apenas. “Então, o que foi feito foi excluir praticamente 70% dos profissionais”, afirma.
A reunião aconteceu no início da noite de quarta-feira, com o secretário de Administração, Vânio Boing, quando foi apresentada a tabela. “É uma vergonha a proposta que foi recebida pela categoria. Vamos continuar discutindo com o governo para chegarmos a um resultado mais satisfatório, pelo menos”, pontua Evandro.
“Este reajuste apresentado ainda será pago em duas vezes, uma parte este ano (10%) e a outra no ano que vem (8%). Queremos voltar a discutir com o governo e nossa proposta é que o reajuste seja pago todo este ano. Além disso, que o governo realize a verdadeira descompactação das tabelas e a progressão na carreira”, completa o coordenador.
Greve
O coordenador-geral do Sinte disse que está sendo organizada uma assembleia com o conselho deliberativo da entidade para o dia 26. Nela devem ser definidos os próximos passos, inclusive a possibilidade do retorno da greve. “Vamos ouvir a categoria, apresentar o que foi proposto. Conforme a decisão da maioria, podemos entrar em greve já em agosto”, conclui Evandro.