O setor imobiliário no Sul de Santa Catarina deve continuar crescendo em 2024, impulsionado pelos imóveis residenciais e comerciais. Essa é a expectativa do Sindicato da Habitação no Sul do Estado (Secovi Sul/SC), instituição que representa a cadeia do setor imobiliário e condominial na região.
Segundo o presidente do Secovi Sul/SC, Helmeson Machado, 2023 foi um ano em que o mercado se mostrou um pouco retraído. “O ano passado foi de muita incerteza no mercado imobiliário e no cenário econômico como um todo. Diante da expectativa de uma nova gestão nacional, e ainda saindo do período pandêmico, com alta taxa de juros e inflação assombrando novamente, o mercado seguiu a tendência natural e se mostrou tímido e quase retraído”, afirma.
No entanto, conforme explica, o ano terminou com alta nas vendas de imóveis residenciais de cerca de 4%. “As reduções na taxa Selic e o cenário de controle da inflação, no segundo semestre, apontaram um viés positivo para o próximo período”, analisa.
Para o presidente do sindicato patronal, a tendência do mercado de imóveis residenciais é continuar evoluindo, considerando a queda de juros e aumento da oferta de crédito. “O segmento também deve ser impulsionado pela boa demanda nas locações, que foram o carro-chefe do mercado imobiliário nos últimos seis meses”, destaca.
Na mesma linha, a expectativa, pontua Helmeson, também é boa para o setor lojista. “Vislumbramos uma reação no curto prazo dos imóveis comerciais, pois isso está vinculado à oferta de capital de giro destinado ao varejo. Juros atrativos aqueceriam a economia e o consumo, trazendo de volta os planos de expansão das grandes redes e, consequentemente, do setor lojista como um todo”, diz.
Se o cenário desenhado para 2024 é bom, o ano também deve reservar desafios. “O principal deles é manter a economia nos rumos certos e os investidores otimistas, na tentativa de atingir um equilíbrio esperado pelo mercado entre o ciclo de produção e comercialização”, observa Helmeson Machado.
Sobre o sindicato
O Secovi Sul de Santa Catarina representa toda a cadeia do setor imobiliário e condominial dos 31 municípios que abrangem a sua base territorial. São incorporadoras, empresas loteadoras, empresas de compra e venda, administradoras de condomínios, administradoras de bens, imobiliárias, condomínios residenciais, comerciais e mistos e shoppings centers.
Fonte: Diário do Sul