O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. O Setembro Amarelo é a maior campanha relacionada à prevenção do mundo. Este ano, o lema é “Se precisar, peça ajuda”. O objetivo é justamente buscar acabar com este estigma. Na região, os números assustam e preocupam.
De acordo com dados da Regional de Saúde, entre os municípios da Amurel, somente neste ano, foram registrados 126 suicídios, destes, 105 foram homens e 21 mulheres. Comparado a todo o ano passado, o índice é ainda mais assustador: foram 141 óbitos em decorrência de suicídio. Tubarão foi a cidade com maior número de óbitos no ano passado. Já este ano, Braço do Norte tem mais registros.
O suicídio vitimou mulheres de praticamente todas as faixas etárias, entre 15 e 69 anos, no ano passado. Neste ano, a média de idade com mais vítimas, tanto mulheres quanto homens, foi entre 50 e 59 anos. Em 2022, homens entre 60 e 69 anos e 30 e 39 anos também foram os que apresentaram o maior número de registros de óbitos.
“O suicídio é um assunto sério e delicado, que merece atenção. Somente nos 18 municípios de abrangência da nossa Regional de Saúde ocorreram 141 óbitos por suicídio em 2022. Até 16 de setembro de 2023, já foram registradas 126 mortes. Além disso, houve 430 notificações por tentativas de suicídio, em 2022, e 397 notificações pelo agravo este ano. Esses números são alarmantes e afetam pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais”, pontua Inajara Beltrame, responsável técnica pelo agravo violência interpessoal e autoprovocada na Gerência Regional de Saúde de Tubarão.
Conscientização é necessária
Para prevenir a morte por suicídio, é fundamental conscientizar e prevenir a população sobre a importância da saúde mental. “O encaminhamento e tratamento adequados são essenciais para evitar que as pessoas tirem suas próprias vidas. É importante que as pessoas estejam atentas aos fatores de risco e aos sinais de alerta para identificar quem está precisando de ajuda ou para ajudar alguém próximo. A principal porta para o acolhimento é a unidade básica de saúde e os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), além do Centro de Valorização à Vida (CVV), que atuando como aliado oferece apoio emocional gratuitamente, 24 horas, pelo telefone 188 e-mail ou chat pelo site da instituição (www.cvv.org.br)”, alerta Inajara Beltrame.
Fonte: Diário do Sul