Atualizar o projeto para dar celeridade à obra da redragagem do rio Tubarão centrou o debate da reunião da bancada do Sul na Assembleia Legislativa (Alesc). A atualização do projeto deve ser feita pela mesma empresa responsável pela elaboração do documento em 2013, a Prosul.
A recomendação será feita ao governo de Santa Catarina pelos deputados estaduais da bancada do Sul, após diversas explicações sobre o tema durante reunião na Alesc, com a presença de vários representantes de entidades e do poder público de Tubarão e região.
A decisão é justificada pelo fato de a execução do trabalho ser mais rápida e o custo menor se for feita por uma empresa que já conhece o projeto. Aliás, o valor da atualização será bem mais alto que o previsto até então. Conforme orçamento feito pela Secretaria de Estado de Infraestrutura de Mobilidade, a revisão custará cerca de R$ 3,8 milhões – não R$ 550 mil, como se estimava.
Uma reunião com o governador Jorginho Mello será agendada para os próximos dias pela Casa Civil para que os deputados possam pedir formalmente autorização para a contratação. A previsão da equipe de infraestrutura é que o processo licitatório e a ordem de serviço possam levar de 90 a 100 dias, e a atualização do documento, aproximadamente, 240 dias.
“Enquanto secretaria, temos que dar celeridade. Temos que ter esse projeto atualizado o mais rápido possível. Coloco-me à disposição para acelerar. Se não plantarmos agora, não vamos colher no futuro”, avalia o secretário de Estado de Infraestrutura, Jerry Comper.
“Coloco essa demanda de Tubarão como uma das mais importantes do Estado. A maior tragédia que tivemos em Santa Catarina foi a enchente de 1974 em Tubarão, com 199 mortes. A redragagem é prevenção e mitigação”, acrescenta o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Luiz Armando Schroeder Reis.
Projeto da obra
A redragagem é projetada para um trecho de 27 quilômetros, da ponta dos Molhes de Laguna até a ponte férrea, em Capivari de Baixo. O Comitê da Bacia do Rio Tubarão estima que cerca de 35% da calha do rio está comprometida, o que reduz significativamente a capacidade de escoamento.
O aprofundamento do calado do Porto de Laguna, com a demolição de três grandes rochas, é avaliado também como necessário em paralelo ao desassoreamento. A Secretaria de Estado de Portos, Aeroportos e Rodovias já finalizou o termo de referência para a contratação da elaboração do projeto, orçada em cerca de R$ 5 milhões.
Fonte: Diário do Sul