As obras da rodovia Aggeu Medeiros, que liga Tubarão a Laguna, seguem ainda em ritmo lento. Os problemas nos trabalhos se acentuam desde julho. Na época, a empresa Confer paralisou o serviço por falta de repasse dos recursos do governo do estado. Os pagamentos foram feitos e as pendências haviam sido resolvidas.
Em agosto, a obra foi retomada, porém, dois meses depois, o avanço, como era esperado pelos usuários, ainda não se concretizou. Todos temem que, com a aproximação do verão, o local ainda não esteja concluído.
De acordo com o presidente do consórcio CIM/Amurel e prefeito de Grão-Pará, Hélio Alberton, diante do atual cenário, a situação é temporária e o cronograma deve se normalizar nas próximas semanas.
Conforme o presidente, o atual momento da obra, que segue em ritmo mais lento, não está relacionado a falhas da empresa, mas a questões técnicas e operacionais específicas do consórcio. “Temos alguns pontos técnicos a resolver, mas a equipe ainda é pequena e está em processo de ampliação neste momento”, explica.
Hélio complementa que, nas últimas semanas, o foco das equipes tem se voltado para a implantação e operação da nova usina de asfalto, estrutura essencial para a retomada plena dos trabalhos. “Nesses 20 dias passados e nos próximos 30 dias à frente, os esforços estão concentrados no início das operações da usina. Assim que ela estiver funcionando, a obra da rodovia retoma o ritmo normal”, afirma.
Ajustes
O presidente explica que o consórcio também está em fase de reforço do corpo técnico, com a chegada de novos engenheiros e profissionais. “Com a entrada dos novos integrantes, há um período de adaptação natural. Eles estão conhecendo o processo, a tramitação pública e as particularidades da obra e da usina”, aponta.
Segundo ele, após esse período de reorganização, o foco volta integralmente para a conclusão da rodovia. “A previsão é de cerca de 45 dias para a normalização total do andamento da obra e esclarecimento de todas as pendências técnicas”, diz.
Atualmente, o gargalo da execução está concentrado nas pontes, pontos que ainda dependem de análises e definições técnicas. “Esses segmentos ficaram em segundo plano justamente por conta da priorização da usina, mas acreditamos que serão rápidos de executar assim que as dúvidas forem solucionadas”, destaca o presidente.
Hélio afirma também que, do investimento total estimado em R$ 90 milhões, restam aproximadamente R$ 16 milhões em serviços a serem executados, valor que corresponde à fase final da obra.
Moradores e veranistas aguardam com expectativa a conclusão do trecho, que é considerado fundamental para a mobilidade, o turismo e o desenvolvimento econômico da região.
Fonte: Diário do Sul