Devido às condições climáticas, uma das principais causas da procura por atendimento médico ambulatorial em clínicas e unidades de saúde tem sido a tosse. Reflexo natural do aparelho respiratório, o tossir surge como consequência de um processo de irritação, um ato de defesa do organismo. Mesmo sendo uma ocorrência considerada comum, existem situações onde essa ação precisa de atenção especial. “Tossir é um ato positivo. É uma contração involuntária do diafragma, que ajuda no processo de limpeza e de eliminação de substâncias prejudiciais, impedindo que elas sigam para os pulmões e causem danos à saúde. O problema é que existem inúmeras circunstâncias em que tossir deve despertar atenção e ser corretamente investigado”, explica o clínico do Complexo Médico Provida, Ivandro Teixeira Romagna.
Conforme o médico, a tosse apresenta inúmeras características, com ou sem muco e com vários tipos de frequência. “A tosse pode ser seca, com secreção ou produtiva, súbita incontrolável, breve, abrupta, intensa e pode ou não evoluir por crises. Quando ela for produtiva, a secreção se movimenta e pode ser eliminada, já quando ela é seca, não há muco. Independentemente de ter ou não sintomas associados, nos casos de tosse produtiva, tosse em crises, persistente ou crônica, é necessário procurar uma unidade de saúde”, alerta o clínico.
Junto com a tosse alguns sintomas podem aparecer, tais como: sensação que a secreção está no fundo da garganta, chiado no peito ou falta de ar, queimação no estômago e tosse com sangue. “É fundamental a investigação da tosse por mais de 15 dias, porque no Brasil temos a incidência alta de tuberculose, que pode ser a causa da tosse prolongada. Essa doença quando tratada em tempo hábil, o prognóstico é bom, e é oferecido gratuitamente pelo SUS. Outro fator de urgência é quando ocorre tosse com sangue, também alerta para outras condições que podem estar relacionadas com embolia pulmonar, tumores de pulmão, entre outras doenças”, pontua.
Fonte: Diário do Sul