A idade mínima para se aposentar sofrerá alteração em 2026. A mudança segue um cronograma estabelecido pela Reforma da Previdência de 2019, que criou regras automáticas de transição para quem já contribuía antes da reforma. De acordo com a advogada Raquel Aguiar, a cada ano ocorrem aumentos graduais de idade e pontuação. “De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir de 2026, as exigências na regra de transição da idade mínima + tempo de contribuição serão as seguintes: mulheres com 59 anos e 6 meses de idade e 30 anos de contribuição; e homens com 64 anos e 6 meses de idade e 35 anos de contribuição”, disse. O cronograma prevê que as idades irão aumentar seis meses por ano até atingirem o limite definitivo que é de 62 anos para mulheres e 65 para homens.
Raquel respondeu algumas dúvidas sobre o assunto. Confira:
Por que a idade mínima está aumentando?
Resposta – O principal motivo para a progressão anual é o aumento da expectativa de vida da população brasileira, que exige um equilíbrio entre o tempo de contribuição e o período em que o benefício será pago.
Quem será afetado em 2026?
Resposta – A nova idade mínima atinge os segurados que ainda não completarem os requisitos para aposentadoria até 31 de dezembro de 2025. Por isso, é importante acompanhar o próprio tempo de contribuição e verificar se vale a pena antecipar o pedido antes da virada do ano. Além da regra de idade progressiva, seguem em vigor outras modalidades criadas pela Reforma da Previdência para suavizar os efeitos das novas exigências:
• Regra dos pontos: soma da idade com o tempo de contribuição. Em 2026, serão exigidos 93 pontos para mulheres e 103 pontos para homens, com tempo mínimo de 30 e 35 anos, respectivamente;
• Pedágio de 50%: para quem, em novembro de 2019, estava a menos de dois anos de completar o tempo mínimo de contribuição. Não exige idade mínima;
• Pedágio de 100%: exige idade mínima (57 anos para mulheres e 60 anos para homens) e o dobro do tempo que faltava em 2019 para atingir 30 ou 35 anos de contribuição.
Essas regras atendem diferentes perfis de trabalhadores e visam garantir uma transição gradual até o novo modelo definitivo.
Com tantas regras e prazos diferentes, o planejamento previdenciário se tornou essencial. Ele permite identificar qual regra se aplica a cada pessoa e em qual momento o benefício pode ser solicitado de forma mais vantajosa. No portal Meu INSS, o trabalhador pode consultar seu tempo de contribuição e simular a aposentadoria. Mas é importante lembrar que a simulação é apenas uma estimativa, pois eventuais falhas no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) podem alterar o resultado.
As mudanças na aposentadoria refletem uma nova realidade?
Resposta – O Brasil está envelhecendo, e o número de contribuintes ativos é cada vez menor. A aposentadoria é um direito conquistado com anos de trabalho e dedicação. Com informação, planejamento e acompanhamento profissional, é possível garantir que esse direito seja exercido no momento certo, com segurança e tranquilidade.
Fonte: Engeplus
 
								