Em entrevista coletiva nesta terça-feira (23), o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, afirmou que o Governo de Santa Catarina está disposto a retomar as negociações com os profissionais da Educação que declararam greve assim que as atividades forem retomadas normalmente nas escolas estaduais.
Na manhã de terça, o secretário recebeu os líderes da categoria, que optaram por seguir convocando os servidores para a paralisação. “O secretário recebeu o Sinte/SC, para discutir as pautas reivindicadas, porém, sem apresentar nenhuma proposta, apenas pedir mais tempo”, afirma o Sinte/SC.
Boing explica que das quatro reivindicações feitas pelos servidores, três já foram atendidas no final de 2023, quando o governo do Estado anunciou concurso, aumentou o valor do vale-alimentação e iniciou a redução progressiva para encerrar a cobrança de 14% na previdência dos aposentados.
A principal reivindicação, contudo, seria a descompactação do plano de cargos e salários. “A proposta feita pelo sindicato faria com que o Estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós pretendemos retomar as negociações assim que todos os servidores voltarem aos seus postos de trabalho”, finaliza.
O Sinte/SC informou que “após mais de um ano de mesas de negociações e nenhuma proposta concreta, os trabalhadores em educação permanecerão em greve, até que seja apresentada uma proposta sólida”.
A greve iniciou nesta terça (23) e conta, segundo o Sinte/SC, com a adesão de 30% dos trabalhadores do magistério catarinense.
Impactos na região
No primeiro dia da greve dos professores em todo o estado, a região contabilizou mais de 400 professores paralisados, de 29 escolas em dez municípios, segundo o Sinte/SC.
As cidades de Tubarão, Armazém, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Grão-Pará, Gravatal, Jaguaruna, Orleans, Sangão e São Ludgero tiveram escolas com professores que aderiram à greve.
Fonte: Sul Agora