Um protesto será realizado neste sábado, dia 29, às 14 horas, por familiares e amigos da estudante Thamily Venâncio Ereno, de 23 anos, morta após ser baleada na cabeça, durante uma operação da Polícia Civil, em Criciúma.
Após ser atingida, a jovem foi socorrida e encaminhada ao Hospital São José (HSJosé) na última sexta-feira, dia 21. A morte foi confirmada às 2h40 de domingo, dia 23. Os familiares de Thamily criaram uma página no Instagram pedindo justiça pela morte da jovem. Um ato foi confirmado para sábado, dia 29, na avenida Santos Dumont, no bairro São Luiz, em Criciúma, em frente a Divisão de Investigação Criminal (DIC).
Em entrevista ao Portal Engeplus, David Ereno, pai de Thamily afirmou que busca uma resposta do Estado de Santa Catarina. “Eu quero entender o que o Estado tem contra minha filha. Foi uma maneira brutal como ela foi morta. Eu preciso que o Estado se manifeste para saber se tem uma ficha ou alguma coisa que ela tenha feito errado para eles terem este procedimento”, informou o pai da vítima. “A finalidade é ter este caso resolvido para a gente não ficar calado perante essas crueldades que acontecem”, contou.
Em entrevista ao programa João Paulo Messer, da Rádio Eldorado, o delegado da 6ª Delegacia Regional de Polícia (6ª DRP), André Milanese, divulgou nessa terça-feira, dia 25, mais detalhes da investigação da Polícia Civil. Na operação, os policiais civis buscaram cumprir um mandado de prisão contra um jovem de 20 anos, que era companheiro de Thamily e investigado por envolvimento em tráfico de drogas e organização criminosa.
“O namorado era investigado pela Delegacia de Combate às Drogas (Decod) de Criciúma. Antes da abordagem da última sexta-feira, os policias já tinham cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do criminoso. No local, os policiais apreenderam objetos e essas provas foram utilizadas para a expedição do mandado de prisão contra o companheiro da vítima”, explicou.
A abordagem no bairro São Sebastião aconteceu no momento em que o suspeito visitava a casa dos pais. Milanese afirmou que quatro policias e duas viaturas participaram da operação. Os carros e os policias estavam descaracterizados, pois não queriam ser identificados pelo investigado.
Fonte: Engeplus