Após a decisão do governo federal de interromper a continuidade do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) em 2024, o governo de Santa Catarina anunciou que pretende manter as atividades das escolas nesse modelo no Estado.
Atualmente, a Secretaria de Estado da Educação (SED) estuda a continuidade do programa com recursos próprios, inclusive com mudança de nomenclatura. A rede estadual de Santa Catarina tem hoje nove escolas ligadas ao Pecim, que atendem mais de cinco mil alunos.
Na região, a EEB Henrique Fontes, em Tubarão, segue estes moldes. As mudanças estão previstas para o próximo ano e o funcionamento das unidades não terá modificações até o fim do ano letivo. “Nós sabemos do desejo das famílias catarinenses e dos estudantes em continuarem com esse modelo por conta da qualidade da educação aliada à disciplina”, destacou o governador Jorginho Mello.
Neste modelo, há profissionais de educação e de segurança. Os profissionais da segurança fornecem suporte nas ações de combate à evasão escolar, no projeto, valores, nas questões administrativas da escola.
Os militares também atuam no apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto professores e demais profissionais da educação são responsáveis pelo trabalho pedagógico.
Colégio Militar não é atingido
Vale não confundir as escolas cívico-militares com as criadas e geridas pelo Exército ou pela Polícia Militar, que não serão afetadas pela decisão do governo federal. É o caso do Colégio Militar de Laguna.
O diretor do colégio, tenente-coronel Peterson do Livramento, diz que a medida não afeta em nada o funcionamento do colégio, que não há ligação com o governo federal na gestão. “Seguimos da mesma forma. Aqui todo o sistema é feito por policiais militares, desde a direção e gestão até o ensino”, destaca.
Fonte: Sul Agora