Nesta terça-feira, dia 28, a greve do magistério catarinense chega ao sétimo dia e o governador Jorginho Mello (PL), pretende tomar ações para que a paralisação encerre. Em vídeo publicado em suas redes sociais, ele garantiu que determinou que a Secretaria de Educação desconte as faltas dos professores grevistas.
Conforme o governador, o Estado contratará novos professores para manter as aulas em Santa Catarina. “Vamos contratar imediatamente professores temporários para manter as salas de aula funcionando. Nosso salário é o maior da região Sul, mas ainda assim acho pouco, dada a importância que têm nossos professores. Desde o ano passado, estamos ouvindo e negociando com a categoria. Em 2023, tivemos vários avanços por iniciativa do Governo. Mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível”, afirmou Mello.
Entre os pontos em destaque do magistério catarinense estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis, a descompactação da tabela salarial, a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação. “Com base nos portais de transparência de cada estado, Santa Catarina paga a maior média salarial da região sul aos profissionais da educação, superior em cerca de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha”, comentou o governador.
Mello ressaltou que o Estado já aumentou mais de 100% o vale-alimentação. “Revisamos o desconto de 14% criado pelo governo anterior, aumentando, portanto, o valor que os aposentados recebem. Até o final de junho, vamos realizar o maior concurso da história de Santa Catarina, contratando 10 mil novos profissionais para trabalhar na educação. Também vamos viabilizar que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e provas”, ressaltou.
Segundo dados do Estado, hoje, a categoria conta com 83.617 profissionais, número que representa mais de 50% do total de servidores do Estado. Com o concurso público anunciado, e que terá seu edital lançado ainda no primeiro semestre de 2024, serão admitidos 10.000 servidores efetivos.
Confira a nota completa do Estado:
SOBRE A GREVE NA EDUCAÇÃO
Com base nos portais de transparência de cada estado, SC paga a maior média salarial da região sul aos profissionais da educação, superior em cerca de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha.
Nosso salário é o maior da região Sul, mas ainda assim acho pouco, dada a importância que têm nossos professores. Desde o ano passado, estamos ouvindo e negociando com a categoria. Em 2023, tivemos vários avanços por iniciativa do Governo. Mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível.
Já aumentamos mais de 100% o vale alimentação e revisamos o desconto de 14% criado pelo governo anterior, aumentando, portanto, o valor que os aposentados recebem. Até o final de junho, vamos realizar o maior concurso da história de SC, contratando 10 mil novos profissionais para trabalhar na educação. Também vamos viabilizar que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e provas.
Mesmo com todo esse esforço, uma minoria ligada a sindicatos prefere colocar lenha na fogueira e iniciar uma greve descabida. Com baixa adesão dos professores, eles reivindicam um único ponto que, neste momento, é inviável. A descompactação da folha, que custaria R$4.6 bilhões aos cofres públicos.
A gente ultrapassaria e muito os limites da lei de responsabilidade fiscal. Praticamente quebraria o estado! Atender o sindicato é cometer um crime de improbidade administrativa e gastar mais do que o permitido na lei. E isso eu não farei! Peguei um Estado com rombo bilionário e, com muito trabalho e seriedade, seguirei arrumando tudo o que encontrei de errado.
Para garantir o direito de todos os estudantes acessarem a sala de aula, estamos tomando duas medidas:
Primeiro, determinei que a Secretaria de Educação desconte as faltas dos professores grevistas. Segundo, vamos contratar imediatamente professores temporários para manter as salas de aula funcionando.
Aos quase 90% de professores que não aderiram à greve, o meu muito obrigado por continuarem firmes na nobre missão de educar nossas crianças e jovens. Reafirmo o compromisso de continuar, de forma responsável, valorizando sempre o seu trabalho.
Fonte: Engeplus