A forte chuva que assolou o município de Praia Grande, na região do Extremo Sul do Estado, deixou 300 pessoas desabrigadas e 1,2 mil desalojadas. Este foi o tamanho do impacto causado pelos mais de 300 milímetros (mm) de chuva entre terça e quinta-feira da semana passada, dias 13 e 15, temporal causado pela passagem do ciclone extratropical e que afetou um total de 4,5 mil pessoas no município.
Os dados foram apresentados na manhã desta quarta-feira, dia 21, pela Defesa Civil. “Passado esse momento difícil, da enxurrada e do atendimento humanitário, estamos trabalhando com relatórios, plano de trabalho e levantamento fotográfico. A Defesa Civil nacional está presente no município, nos ajudando e fazendo um trabalho humanitário. O principal é restabelecer acessos e pontes que foram destruídas, além dos 260 quilômetros de estradas no interior que foram altamente impactados”, explica o prefeito Elisandro Machado.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Jonathan Reis da Silva, as pessoas desabrigadas são aquelas que foram resgatadas e usaram o ginásio municipal como abrigo até que pudessem retornar para suas casas. Estima-se que 200 pessoas seguem isoladas devido aos danos provocados em estradas e pontes.
“Essas 300 pessoas abrigadas no Ginásio Municipal são compiladas como desabrigados. Os desalojados não precisaram vir, mas tiveram que sair momentaneamente de suas casas. O bairro Primeiro de Maio teve 100% de alagamento, a Baixadinha, no pé da serra, e a rua Valdomiro Pereira Pinto também tiveram 100% das casas atingidas, além do impacto na comunidade rural”, explica .
Segundo estimativa da Estação de Urussanga da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC), o acumulado de precipitação entre terça e quinta-feira representa o triplo da quantidade de chuva esperada para o mês. A Prefeitura de Praia Grande recomenda que famílias atingidas procurem o Centro de Referência de Assistência Social para cadastramento. Desta forma é possível receber do Poder Público o suporte necessário.
Fonte: Engeplus