A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) alerta a população para o risco de aumento no número de casos de leptospirose após o registro de chuvas intensas no Estado. Na região, já foram contabilizados, desde o início do ano, 11 casos confirmados.
De acordo com Ivon Ferreira Júnior, da Regional de Saúde, foram 97 casos suspeitos e, além dos 11 confirmados, três ainda estão em análise. “Em 2022, tivemos 154 casos suspeitos, sete casos confirmados e dois óbitos registrados, um em Tubarão e outro em Pescaria Brava”, compara.
Em relação à proporção da doença, Ivon diz que foi extremamente mais alta em homens do que em mulheres. “Quanto à ocorrência, a incidência foi maior em área urbana do que rural, mas com pouca margem de diferença. Podemos observar que temos mais casos em indivíduos em idade laboral associada à exposição ocupacional, em referência ao trabalho de limpeza de esgoto, contato com lixo, terrenos baldios, locais com pouco saneamento e com presença de ratos”, explica.
A maioria dos casos em 2022 atingiu a faixa de idade entre 28 e 60 anos. Já neste ano, entre 21 e 54 anos. “O homem que foi a óbito em Pescaria Brava no ano passado tinha 54 anos e era caminhoneiro.
Já a vítima de Tubarão era um homem, de 36 anos, motoboy. Ambos tiveram contato com água de enchente nos municípios”, pontua Ivon.
“Com certeza, as chuvas, inundações, contato prolongado com água de enchente são fatores que aumentam os casos. Mais pessoas também foram testadas por conta do trabalho das vigilâncias municipais, uma vez que durante estes períodos mais críticos aumentamos a vigilância”, ressalta.
“Uma coisa em comum nos dois óbitos é que demoraram muito a procurar atendimento, o que dificultou a resposta ao atendimento médico”, acrescenta.
Fonte: Diário do Sul