A Polícia Civil deflagrou, na manhã dessa terça-feira, mais uma fase da operação que investiga o desvio de bens públicos da prefeitura de Imbituba. Um casal de ex-servidores, suspeito de envolvimento no caso, foi levado ao presídio para colocação de tornozeleira eletrônica.
Ao todo, foram cumpridas sete ordens judiciais, entre elas cinco mandados de busca e apreensão em residências e na secretaria de Infraestrutura de Imbituba. De acordo com a polícia, nas buscas dessa terça, foram apreendidos celulares e outros documentos de interesse para a investigação.
A primeira fase da operação ocorreu em junho deste ano. Na época, os policiais encontraram e apreenderam nas residências e estabelecimento particular dos investigados vários bens desviados do patrimônio público, incluindo dois frigobares, um aparelho de ar condicionado, serra sabre, dois celulares iPhone 13, entre outros objetos. Na época, os funcionários públicos não foram presos em flagrante porque não havia comprovação de nenhuma compra recente, informou a PC.
Ainda segundo a Polícia Civil, a operação, batizada de Open House, leva esse nome “porque o casal investigado pretendia construir e inaugurar, na palavra de um deles, uma mansão, fazendo uso de recursos públicos e obtendo favores (propina) de outros servidores e empresários que prestam serviços para o município, o que somente não se concretizou em razão da descoberta dos inúmeros crimes praticados”.
A investigação aponta que o casal passou a solicitar e receber vantagem indevida de outro funcionário público, que exerce cargo comissionado na secretaria de Infraestrutura. “Nesse sentido, lograram êxito em obter perante tal funcionário o maquinário para efetuar terraplanagem no terreno. Em seguida, também solicitaram a compra de “paletes de blocos” para colocação no terreno particular. Ainda, solicitaram vantagem indevida para um empresário que possui licitação com o município de Imbituba. Sobre o assunto, restou demonstrado que o referido empresário, a pretexto de receber pagamentos do município de Imbituba, procedeu à compra de um poste de cimento de aproximadamente R$ 2,8 mil e instalou na propriedade dos investigados”, detalha a Polícia Civil.
A polícia chegou a pedir pela prisão do casal. O Poder Judiciário de Imbituba entendeu que era caso de indeferimento das prisões, decisão da qual ainda cabe recurso, fixando aos investigados medidas cautelares diversas da prisão, entre elas a suspensão do cargo público e utilização de tornozeleira eletrônica.
Fonte: Diário do Sul