A região registrou nessa quinta-feira o primeiro caso de febre do Oropouche. De acordo com a bióloga da Regional de Saúde, Sabrina Fernandes Cardoso, o paciente é um homem de 52 anos, residente no município de São Martinho.
Segundo ela, o paciente esteve em viagem recente para os municípios de Joinville e Jaraguá do Sul, locais onde mencionou ser muito picado por insetos chamados de maruim. “Ao chegar em São Martinho, onde mora, começou a apresentar dor de cabeça, sudorese, febre e calafrios. Procurou então a Vigilância Epidemiológica do município para atendimento, onde, em conjunto com a Gerência Regional de Saúde de Tubarão, surgiu a suspeita de febre do Oropouche”, conta Sabrina.
“Ele foi testado para outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, apresentando resultados negativos. No entanto, no teste de biologia molecular (PCR) foi possível detectar o vírus da família Peribunyaviridae, causador da doença conhecida como febre do Oropouche. O paciente foi tratado adequadamente para a doença e já se recuperou completamente”, explica a bióloga.
Como se prevenir
Evitar locais de mata e beiras de rios ou áreas com transmissão, principalmente nos horários de maior atividade do vetor (entre 9h e 16h); utilizar roupas compridas que cubram braços e pernas, sapatos fechados e principalmente fazer o uso de repelente e mosquiteiros. Além disso, fazer a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, orienta a bióloga Sabrina Fernandes Cardoso.
Causada por mosquito
A febre do Oropouche é uma doença cujos sintomas são semelhantes aos da dengue, porém não há registro de fatalidade comprovadamente relacionado a ela até o momento, segundo a Regional de Saúde.
Desde o início de 2024, estados da região Norte do Brasil passaram a notificar casos de febre do Oropouche, como: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O estado de Santa Catarina registrou os primeiros casos nos municípios de Brusque, Botuverá, Luís Alves, Blumenau e Guabiruba, de acordo com a bióloga Sabrina Cardoso.
Transmissão
Quanto à transmissão, Sabrina explica que possui dois ciclos: silvestre e urbano. No silvestre, alguns animais podem atuar como hospedeiros amplificadores (roedores e primatas não-humanos). Neste ambiente, o suposto vetor primário é o mosquito-pólvora ou maruim.
Já no ciclo urbano, segundo a bióloga, o homem é o principal hospedeiro e o vetor primário também é o mesmo, porém, eventualmente o mosquito conhecido como pernilongo ou muriçoca pode transmitir o vírus neste ambiente.
Fonte: Engeplus