O presidente do Criciúma, Valter Minotto, destacou suas expectativas sobre o futuro do clube na manhã desta quinta-feira, dia 4, e a possibilidade de se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Segundo o mandatário, o cenário atual do futebol brasileiro pressiona cada vez mais para esse modelo de gestão.
Para Minotto, em breve todos os times devem virar SAF, pois o mercado está muito inflacionado. “Jogador que ganhava de R$ 40 a R$ 50 mil hoje recebe até R$ 150 mil”, comentou, em entrevista ao jornalista João Paulo Messer, da Rádio Eldorado.
O dirigente revelou que já existem conversas em andamento para tornar o Criciúma em SAF. “Em 2024, a XP Investimentos ligou para nós. Neste ano, falei com eles novamente. A XP tem interesse em trazer empresários, mas acredito que seria melhor termos profissionais da região. Claro, teríamos que discutir valores. Na minha visão, uma SAF precisa de no mínimo R$ 500 milhões, para poder disputar com os times de cima”, afirmou.
Apesar de reconhecer a importância de novos investimentos, o presidente reforça que a prioridade tem sido manter o equilíbrio financeiro. “Minha preocupação é deixar dinheiro no caixa. Neste ano, gastamos um pouco a mais, pois precisávamos contratar. Alguns atletas, se fosse melhor analisado, não traríamos, mas no futebol não se acerta tudo. A prioridade é não dever e ficar com uma boa receita”, explicou.
Hoje, o Criciúma trabalha com um orçamento de R$ 70 milhões, mas Minotto lembra que a realidade da elite do futebol brasileiro é outra. “Na Série A precisaríamos de R$ 120 a R$ 150 milhões. Juntando torcida e patrocínio, temos 25% da renda total. Ou seja, teríamos que buscar o restante em meios como a televisão”, frisou.
Minotto encerrou deixando claro o peso de uma classificação para primeira divisão. “Estou a três meses do céu e do inferno. Se subirmos para a Série A, estou no céu. Mas, se cairmos para a Série C, é o contrário”, concluiu.
Fonte: Engeplus