Luciano Huck aproveitou seu programa exibido na noite de domingo, 16 de junho, na Globo, para abordar um tema polêmico e urgente. Pai de três filhos com Angélica, ele expressou primeiramente sua indignação ao Projeto de Lei que equipara o aborto após 22 semanas de gravidez ao crime de homicídio.
Conforme OFuxico destacou, a urgência de votação foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última quinta-feira, 13 de junho. Dia te disso, Luciano se posicionou totalmente contra.
“Essa semana que passou, eu comecei a ler, na quinta e na sexta-feira, que a Câmara dos Deputados está avaliando um Projeto de Lei que equipara a pena do crime de aborto ao crime de homicídio”, disse ele, primeiramente.
Esse projeto cria uma situação tão absurda, que independente da sua posição política, das suas convicções morais, das suas convicções religiosas, eu quero dizer que isso me causa profunda indignação”.
Demonstrando sua preocupação com a proposta, Luciano trouxe à tona um exemplo para ilustrar a gravidade da situação. Ele citou o caso de um pai que abusou sexualmente de sua filha de 17 anos, internada em uma UTI.
“Semana passada, um caso assombroso de um pai. ‘Pai’. Isso não é pai o que eu vou falar agora. Mas, teoricamente, de um pai, preso depois de ser flagrado cometendo um crime de abuso sexual contra a própria filha de 17 anos que estava internada em uma UTI”, disse, com a voz embargada.
Luciano Huck chama atenção pra inversão de papéis
Em seguida, ele reforçou seu posicionamento: “Essa é a história, escabrosa. Só pra trazer pra realidade, este projeto que vai ser votado na Câmara dos Deputados. Este homem, se é que pode chamar isso [assim], não sei nem o que é uma pessoa que faz isso, pode pegar uma pena menor do que a filha estuprada, menor do que a vítima”, explicou ele.
Huck enfatizou a inversão dos papéis em situações de abuso sexual. Casos em que a vítima, ao buscar um aborto legal após 22 semanas de gravidez, pode acabar sendo penalizada mais severamente que o agressor.
“Porque se ela vier a interromper a gravidez depois de 22 semanas, que é o que está nessa lei, seja por demora na justiça ou qualquer outro empecilho que uma vítima de abuso enfrenta hoje em dia pra ter acesso ao aborto legal, inverte os papéis. Não faz o menor sentido!”, disse o apresentador.
OFuxico