Alicia Keys não é do tipo que acha que nasceu na época errada. Pelo contrário. Ela conta ao g1 que, muitas vezes, para e pensa: “Cara, ainda bem que não tive que crescer nesses tempos de agora!”
A cantora, escritora e empresária americana, dona de 15 prêmios Grammy, é também uma ativista da autoaceitação. Em 2016, divulgou um manifesto a favor da cara limpa, sem maquiagem. Hoje, sete anos depois, vê com olhos preocupados os rostos alterados por filtros nas redes sociais.
“Esse mundo exige que você sintonize seu espírito. Você simplesmente não pode esquecer quem você é.”
Ainda há muito o que lutar, especialmente no que diz respeito aos ideais racistas de beleza, diz ela, que em 2020 criou sua própria marca de cuidados com a pele.
Fazer as pazes com a própria imagem foi um passo importante para a artista de 42 anos chegar à fase mais confiante — e criativa — de sua vida. Uma sensação de liberdade que refletiu na música: seu álbum mais recente, “Keys” (2021), traz Alicia mais experimental do que nunca, testando as congruências entre piano e música eletrônica, jazz e hip hop.
Com esse espírito ela chegou ao Brasil para duas apresentações: em São Paulo, o show é nesta sexta-feira (5). Antes, na quarta (3), Alicia passou pelo Rio. Ela gosta tanto da cidade que arrisca causar certa polêmica ao afirmar que é mais bonita que Nova York — tema de um de seus maiores hits.
G1