Jair Bolsonaro (PL) parece pouco se importar com o fato de que a população e autoridades políticas não estão muito contentes com a possível candidatura de seu filho, Carlos Bolsonaro, ao Senado por Santa Catarina. Tanto que ele já faz planos e estuda estratégias para que sua estratégia seja vitoriosa.
O objetivo de Bolsonaro é garantir uma maioria conservadora no Senado e manter sua “influência” no cenário político.
Em entrevista, ele já chegou a declarar que, se tudo der certo, ele mandará mais que o próprio presidente da república.
A que custo, só Santa Catarina poderá saber se eleger um senador sem a menor familiaridade com o Estado e pouco preocupado com a economia local. De certa forma, Bolsonaro até menospreza os políticos daqui, já que ele diz que o filho não irá concorrer pelo Rio de Janeiro para não tirar votos de seus aliados lá. Mas aqui pode, então?
Jorginho Mello (PL) já deu seu aval para que isto ocorra, comprando uma briga com políticos daqui, como a deputada Julia Zanatta (PL), que perdeu sua indicação à cadeira.
É preciso estudar bem isto, porque se a população ficar descontente com este processo, esse “descontentamento” pode respingar na reeleição de Jorginho que, talvez, dê um tiro no próprio pé. Ainda mais agora, quando a popularidade do presidente petista, Lula da Silva, ganha fôlego por causa do tarifaço absurdo imposto por Trump por questões político-ideológicas.
A política brasileira está em crise e qualquer passo errado pode ser fatal. É preciso não cegar, analisar bem o cenário e não ir pelo discurso do “já ganhou”, porque neste jogo, nada está realmente ganho até que as urnas sejam abertas.
Fonte: Engeplus