Durante uma entrevista ao programa “Sem Censura”, da TV Brasil, cmandado por Cissa Guimarães, Luana Piovani compartilhou detalhes de sua experiência após denunciar o ator Dado Dolabella por agressão. A atriz descreveu os desafios enfrentados, destacando o impacto social e profissional que enfrentou. Luana relatou que, embora as agressões físicas tenham sido marcantes, a resposta da sociedade à denúncia trouxe dores ainda maiores.
Segundo ela, o contexto da época dificultava a busca por apoio. “A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Eu estava em uma época que não era um movimento comum. As pessoas adoram dar personagens para a gente e quando não aceitamos esses personagens, eles ficam com raiva da gente. E eu nunca aceitei a roupinha que a sociedade brasileira quis me vestir”, afirmou.
A atriz destacou a ausência de movimentos estruturados que amparassem vítimas de violência doméstica. Ela revelou que enfrentou críticas severas e falta de solidariedade, mesmo em seu ambiente de trabalho: “Eu nunca aceitei a roupinha que a sociedade brasileiro quis me vestir. Quando eu fui lá e denunciei a violência, as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou. E eu não falo só a pessoas da rua, a empresa na qual eu trabalhava me tratou mal”.
Luana Piovani foi demitida da Globo após a denúncia
Luana revelou ter sido demitida da rede Globo após tornar pública a agressão. “Eu não tive suporte de absolutamente ninguém. Eu tinha um programa na rede Globo e logo depois eles me mandaram embora. As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo para aparecer, para chamar a atenção”, desabafou.
Além disso, ela denunciou a perpetuação do machismo por mulheres. “Milhões de mulheres que brincavam e falavam: ‘Vem bater em mim’, porque o cara é considerado bonito. O que atrapalha a nossa luta são as mulheres machistas. Enquanto as mulheres forem machistas, elas dão forças aos homens que são machistas. (…) O mundo é uma máquina de moer mulher“, concluiu Luana Piovani, por fim.
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