A eleição para a prefeitura de São Paulo terá um segundo turno entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). Com 98,75% das urnas apuradas, o atual prefeito, Nunes, liderou com 29,49% dos votos válidos, enquanto Boulos garantiu a segunda posição com 29,04%. Ambos agora se preparam para intensificar suas campanhas até a votação decisiva no dia 27 de outubro.
Pablo Marçal, ex-coach e candidato independente, esteve próximo de desbancar Ricardo Boulos, mas, com 28,14% dos votos válidos, não avançou. Ele se manteve competitivo durante grande parte da apuração, deixando o segundo turno indefinido até a reta final. Com isso, a disputa ficou polarizada entre os projetos opostos de Nunes e Boulos.
Apoios no segundo turno
Agora, os dois candidatos antes de mais nada buscarão o apoio dos partidos dos candidatos derrotados. Guilherme Boulos conta com a coligação Psol/Rede e a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), além do PDT. Ricardo Nunes, por sua vez, alinha-se com uma coligação que inclui PP, PL, PSD, Republicanos, e outros partidos de centro e direita.
No segundo turno, os eleitores paulistanos terão que escolher entre dois projetos distintos. Assim sendo, Ricardo Nunes, atual prefeito e aliado de Jair Bolsonaro (PL), enfrentará Guilherme Boulos, que se apresenta como candidato da esquerda, com o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois candidatos terão o mesmo tempo de exposição na mídia, tanto no rádio quanto na televisão, além de debates que prometem confrontar propostas.
Guilherme Boulos, deputado federal e coordenador do MTST, já tem experiência em campanhas majoritárias. Ele disputou a prefeitura em 2020, chegando ao segundo turno contra Bruno Covas (PSDB) e conquistando mais de 40% dos votos válidos. Também concorreu à Presidência em 2018 e foi o deputado federal mais votado em São Paulo em 2022, com mais de 1 milhão de votos.
Por outro lado, Ricardo Nunes, antes de assumir a prefeitura, foi vice-prefeito na gestão de Bruno Covas. Ele entrou no cargo em 2021, após a morte de Covas, e também já havia ocupado uma cadeira na Câmara de Vereadores entre 2012 e 2020. Empresário do setor de dedetização, Nunes enfrentou polêmicas, como o inquérito sobre a “máfia das creches”, que deve continuar no centro dos debates eleitorais.
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