Depois de semanas de negociação, a Câmara dos Deputados iniciou a instalação das comissões permanentes da Casa nesta quarta-feira (6).
O PL, de oposição ao governo, ficou com a presidência do colegiado mais importante da Casa, a CCJ (Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça), que será comandado pela deputada Caroline De Toni (PL-SC). O nome da congressista é alvo de críticas de aliados do governo.
A distribuição do comando dos 30 colegiados permanentes da Câmara é renovada anualmente. A preferência na escolha é dos partidos maiores. Com a maior bancada, de 96 deputados atualmente, o PL escolheu a CCJ. A legenda também ficou com as presidências das comissões de Educação, Segurança Pública, Esporte e Previdência.
Depois de eleita na CCJ, De Toni comentou a rejeição ao seu nome e declarou que as pautas conservadoras devem ser respeitadas no Congresso.
“Não entendo tanta rejeição que teve o meu nome. Quero dizer só uma última palavra: que nós, deputados que somos conservadores, tivemos as maiores votações históricas do Brasil (…) Essas pautas (conservadoras) também refletem o sentimento de milhões de brasileiros. Essas pautas são legítimas e merecem respeito e consideração no Parlamento”, destacou Caroline de Toni.
Ela negou que haverá “surpresas” na sua condução do cargo e disse que buscará guiar os trabalhos de forma equilibrada em prol da qualidade das propostas aprovadas e não na quantidade. “Aprovar muitas leis definitivamente não resolve os problemas do Brasil, por isso precisamos discutir projetos que realmente tragam autonomia, independência e liberdade para o povo brasileiro”, disse.
O PL também decidiu indicar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para o comando da Comissão de Educação, o que irritou aliados do governo. O congressista é um dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem influência nas redes sociais.
Nikolas foi eleito sob fortes críticas de aliados do governo, que contestaram e tentaram adiar a votação. Por acordo, o PT deve indicar o nome do vice-presidente. Em troca, o PL indicará o vice da Saúde.
Fonte: CNN Brasil