O líder de uma organização criminosa, considerado o principal mandante do assassinato de dois irmãos em Imbituba, foi preso ontem durante uma megaoperação realizada pelas polícias de Santa Catarina e do Paraná. O motivo da morte seria um desentendimento entre membros dessa organização criminosa, informou a Polícia Civil.
Ronaldo Rosa Júnior, de 28 anos, e Guilherme Rosa, de 26, foram assassinados com dezenas de tiros, de fuzis e pistolas, em março do ano passado, em uma casa da Praia do Rosa. O crime ocorreu na frente das esposas e dos filhos das vítimas, entre eles um bebê de oito meses.
Os irmãos eram paranaenses, mas moravam em Santa Catarina há poucos meses. Eles eram investigados por tráfico de drogas e posse ilegal de arma no Paraná, conforme as apurações da polícia. Conforme a investigação, os autores do assassinato se deslocaram do Paraná para o litoral de SC em ao menos dois carros. Um dos veículos, inclusive, foi abordado com 225 quilos de maconha pela Polícia Rodoviária Federal. Duas pessoas foram presas. Além disso, eles teriam se hospedado em hotéis e pousadas em Imbituba e Itapema antes e depois do crime.
De acordo com a Polícia Civil, ao menos cinco pessoas atuaram diretamente no crime, enquanto outras duas auxiliaram na premeditação e recolhimento das armas usadas nos assassinatos. Os suspeitos também teriam monitorado a casa onde as vítimas estavam com o uso de drones.
Organização criminosa
Ainda durante as investigações, a organização criminosa foi identificada como responsável por vários outros assassinatos no Paraná. Na operação realizada ontem, foram cumpridas 38 ordens judiciais no estado, no Paraná e no Paraguai, sendo 29 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva. Ao todo, sete homens e uma mulher foram presos. Entre eles o mandante, que foi encontrado na casa da mãe, em Londrina (PR), e estava na posse de uma arma de uso restrito. Além disso, duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Celulares, armas e outros objetos também foram recolhidos pela polícia. As autoridades não descartam a participação de outras pessoas no crime.
Fonte: Diário do Sul