A região apresentou durante este ano 34 casos confirmados de raiva em animais de produção (bovinos e equinos), sendo 14 casos em Treze de Maio; 13 em Imaruí; três em Jaguaruna; e um em Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima e Imbituba.
De acordo com a Regional de Saúde de Tubarão, está sendo realizado um trabalho, em parceria com a Cidasc de Tubarão, que é modelo no Estado. “Enquanto a Cidasc realiza a coleta de material biológico dos animais suspeitos para diagnóstico e demais orientações aos proprietários rurais, as equipes das secretarias de Saúde atuam na busca ativa de contatos humanos com esses animais suspeitos, dando início à profilaxia pós-exposição antirrábica humana”, explica a bióloga da Regional de Saúde, Sabrina Fernandes.
A Regional de Saúde de Tubarão, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), ainda disponibiliza vacina antirrábica para cães e gatos das propriedades com casos positivos, quando esses animais não estão vacinados. Além disso, capacita os profissionais de saúde para condutas diante de acidentes com animais potencialmente transmissores do vírus rábico e demais ações profiláticas. “Todo esse trabalho acontece de maneira rápida e ágil, e graças a essa parceria entre a Cidasc e a Regional de Saúde de Tubarão conseguimos evitar os casos humanos. Temos a notificação de muitos focos de raiva em animal de produção, pois nossa vigilância está bem sensível e conseguimos detectar esses casos antes que acometam os humanos, isso é o mais importante”, pontua Sabrina.
“Orientamos a população, principalmente a rural, para que vacine seus animais contra a raiva, uma vez que a doença tem letalidade de aproximadamente 100%. Os tutores de cães e gatos também devem vacinar seus pets. E caso haja algum acidente entre humano e animais mamíferos, inclusive os silvestres, deve ser procurada uma unidade de saúde imediatamente”, ressalta a bióloga.
A doença
A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem. É causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A transmissão da raiva ocorre quando a saliva do animal infectado entra em contato com pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. Os sintomas em pessoas são: dor de cabeça, febre, náusea, dor de garganta e sensibilidade no local da ferida.
Fonte: Diário do Sul