Três meses após ser solto, o ex-prefeito de Pescaria Brava Deyvisonn da Silva de Souza teve novamente a prisão decretada.
Na tarde de quinta-feira, a justiça determinou que o réu em ação decorrente da Operação Mensageiro seja preso novamente. Deyvisonn foi o primeiro político a ser preso ainda em 2022 e o último a ser solto, quando ganhou liberdade em setembro deste ano.
A decisão pelo retorno ao presídio é da 5ª Câmara do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que reconheceu por unanimidade o recurso do Ministério Público (MP), onde argumentou que o fato de ter renunciado ao cargo “não faz desaparecer a necessidade de acautelamento da justiça”.
Para os promotores, não existe impedimento para que Deyvisonn siga praticando delitos, seja por meio digital ou através de outras pessoas. O ex-prefeito também seria alvo de outros procedimentos investigatórios criminais que estão sob sigilo.
Deyvisonn foi preso na primeira fase da investigação, em 6 de dezembro de 2022. Ele foi um dos investigados detidos no caso que apura o suposto pagamento de propina a gestores públicos em troca de vantagens ilícitas a uma empresa em contratos de coleta de lixo com prefeituras de Santa Catarina.
Enquanto solto, o ex-prefeito de Pescaria Brava tinha que cumprir algumas medidas cautelares. Entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de se afastar da região por mais de dez dias sem autorização judicial, a proibição de ingerir bebidas alcoólicas ou fazer uso de drogas ilícitas, e a obrigação de comparecer a todos os atos do processo para os quais for intimado.
Deyvisonn esteve detido, em primeiro momento, no Presídio Regional de Criciúma. Ainda enquanto preso, o político renunciou ao cargo de prefeito. Ele é acusado de ter recebido pagamentos mensais de R$ 3 mil da empresa pivô da investigação. Os pagamentos ilícitos teriam ocorrido em troca de vantagens no contrato de coleta de lixo.
Até o fechamento desta edição não havia a informação se o novo mandado de prisão contra Deyvisonn já havia sido cumprido.
Fonte: Diário do Sul