A denúncia de racismo que foi registrada nessa terça-feira, dia 12, em um estabelecimento no Centro de Içara ainda está em processo de investigação. A Polícia Militar (PM) foi acionada para atender o caso, mas como a guarnição não presenciou os fatos, os policiais ouviram as versões tanto da vítima quanto da suspeita.
Conforme a PM, a atendente da loja, 28 anos, relatou que a suspeita, 70 anos, chegou no estabelecimento e pediu para ver um produto da loja. Só que durante o atendimento fez comentários racistas e bateu em seu rosto. Já a suspeita informou aos policiais que durante o atendimento falou palavras racistas em tom de brincadeira, já que não percebeu que a atendente era negra. A idosa, após o ato, relatou que ficou constrangida e passou a mão no rosto da vítima para pedir desculpas. Durante a abordagem, a suspeita ainda informou que não teve intenção de agredir a vítima e que o ato foi apenas uma “atitude carinhosa”.
No local, a PM solicitou imagens de vídeo monitoramento da loja, mas não foram disponibilizadas. Então, após ouvir as pessoas envolvidas, ela foi presa em flagrante e conduzida até a Delegacia de Polícia.
Prima da vítima se manifesta sobre o caso
Beatriz Vargas, prima da vítima, explica que foi no local ver o que tinha acontecido. De acordo com ela, a cliente afirmou que o produto era “coisa de negro”. Após o fato, uma das funcionárias da loja acionou a Polícia Militar. “Quando foi ofendida a vítima foi para outro local da loja e a cliente começou a pedir para não registrar o boletim de ocorrência. Durante o atendimento da Polícia Militar eu estava por perto e acabei vendo que eles queriam registrar como ocorrência de violência, mas, após perceberam a situação registraram como injúria racial”, afirmou.
Beatriz ainda relata que a suspeita foi presa no local, passou por audiência de custódia e foi solta. “Ela ainda voltou a loja para confrontar a vítima nesta quarta-feira, dia 13. Porém, a atendente não estava trabalhando por conta de toda situação”, disse Beatriz.
A reportagem entrou em contato com o delegado da Polícia Civil, Fernando Guzzi, que informou que o inquérito policial foi instaurado para investigar o caso.
Fonte: Engeplus