Um empresário de Tubarão foi alvo de uma operação da Polícia Federal, realizada ontem, em ao menos oito estados brasileiros.
De acordo com a PF, a investigação, iniciada em agosto de 2022, apura atos de lavagem de dinheiro que podem chegar a R$ 300 milhões, obtidos a partir de crimes financeiros praticados na Coreia do Sul, nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países.
Ao Diário do Sul, o delegado Rafael Antônio Broietti confirmou que foram cumpridos em Tubarão dois mandados de busca e apreensão, um deles na casa e o outro na empresa do mesmo suspeito. O delegado também confirmou que não houve prisão na Cidade Azul referente à operação.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e outros dois de prisão durante a ação, mobilizando mais de 100 policiais federais. Também foram executadas medidas cautelares diversas da prisão e ações de constrição patrimonial.
As apurações tiveram início a partir de informações compartilhadas por agências norte-americanas, que apontavam que uma empresa constituída por brasileiros poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas, com promessa de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis em mercado, o que rendeu ao grupo criminoso cerca de US$ 62 milhões a partir da série de fraudes cometidas nos diversos países.
Após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos. “Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis”, informou a PF em nota.
Foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis. As ações visam a descapitalização do grupo criminoso e desvendar outros crimes cometidos, segundo a PF.
Fonte: Diário do Sul