Deve ser julgado nesta quinta-feira, pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o pedido de revogação da prisão preventiva do prefeito afastado de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL), e do ex-secretário de Finanças, Glauco Gazola Zanella. Os pedidos foram protocolados pelo advogado Eduardo Faustina da Rosa, na última semana.
Entre as condicionantes no pedido, o advogado incluiu que Vicente se compromete a renunciar ao mandato em 48 horas após sua liberdade. Eduardo ainda afirma que o réu adote outras medidas cautelares, entre elas “o monitoramento eletrônico (tornozeleira), proibição de contato com qualquer réu, investigado, testemunha ou representante de empresas que tenham contratos com o poder público e a proibição de acesso às dependências físicas dos órgãos da administração de Capivari de Baixo”, pontua.
A intenção é que Vicente possa voltar a atuar como médico pediatra após ser concedida sua liberdade. Ele está preso desde o dia 2 de fevereiro, quando foi deflagrada a segunda fase da Operação Mensageiro. Já Glauco foi preso na primeira fase da operação, em dezembro.
Segundo o advogado de defesa, entre as alegações para o pedido de revogação da prisão preventiva é que não há mais motivos para que os réus continuem presos antes do julgamento final. Entre as questões enumeradas por Eduardo, está a de que todas as testemunhas de acusação, por exemplo, já foram ouvidas.
Segundo o advogado, Vicente – que está preso no Presídio Santa Augusta, em Criciúma -, está ansioso e otimista por este julgamento de quinta-feira. Caso o pedido seja negado, Eduardo diz que um pedido de revogação já está tramitando também no STJ, em Brasília.
Tramita na Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo um processo de pedido de cassação de seu mandato.
Presos na região
Na região, além de Vicente Corrêa Costa, também estão presos o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP); de Pescaria Brava, Deyvisonn Souza (MDB); e de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos). Em Tubarão, o vice-prefeito Caio Tokasrski também foi preso na Operação Mensageiro, que apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo.
Fonte: Diário do Sul