A polícia de Tubarão investiga um caso de agressão e racismo sofrido por um morador da cidade na madrugada de sábado.
André Lucio Lima, também conhecido como Gabé, de 35 anos, conta que estava saindo de uma festa quando foi abordado por um grupo de cinco homens, na rua Padre Geraldo Spettmann.
“Fui à inauguração de uma casa de festas. Em frente a essa casa tem um bar onde estava esse grupo de motoqueiros. Na saída, em torno de 3h, fui buscar meu carro e passei em frente a esse local. Naquele momento eu estava só. Eles me ofenderam com palavras de baixo calão e me chamaram de macaco. Depois, vieram para cima. Em nenhum momento fui agressivo”, conta André.
Pessoas que estavam na rua registraram o momento das agressões. No vídeo, que circula pelas redes sociais, é possível ver que o grupo se aproxima da vítima e, em determinado momento, André é imobilizado e agredido com socos. “Ao menos dois deles teriam me agredido. Eu estava embriagado, não nego. E não faço o uso de nenhum tipo de droga. Inclusive vou fazer um exame toxicológico pra provar. Naquela hora, só fui pra trás”, explica.
A Polícia Militar foi acionada e registrou o caso como lesão corporal leve e injúria racial. Quando a guarnição chegou no local, André já estava sendo atendido pelo Corpo de Bombeiros. Depois, ele foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição para atendimento médico. “Ele apresentava lesões em seu rosto e relatou à guarnição que não conhece os masculinos que lhe agrediram. Relatou também que foi vítima de injúria racial, sendo que os masculinos lhe chamaram de ‘macaco’ e ‘nojento’ enquanto estava sendo agredido”, detalhou a PM.
André, que é gerente de frota, registrou um boletim de ocorrência e fez ontem o exame de corpo de delito. Ele também conta que está sendo assessorado por advogados. “Meu sentimento é de derrota, ao mesmo tempo de raiva, justamente porque não reagi. Nunca apanhei, nem do meu pai, nem da minha mãe. Sou uma pessoa de bem, pai de duas meninas, um homem pra cima, alto astral, batalhador. Estou derrotado, envergonhado. Nem trabalhar, que é algo que amo, consigo ir”, relata.
Na tarde de ontem, o DS procurou a Polícia Civil para saber mais detalhes sobre a investigação, mas não tivemos retorno até o fechamento desta edição.
Fonte: Diário do Sul