O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), prestou apoio ao MP de Goiás, ontem, no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Chapecó e Tubarão. As ações estão relacionadas à Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo órgão goiano. Ninguém foi preso nas cidades catarinenses.
A operação busca provas de suposta associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas de futebol profissional. As investigações apontam que o suposto grupo criminoso atua mediante a cooptação de atletas para a manipulação de resultados nas partidas por meio de ações como, por exemplo, o cometimento de pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas.
O objetivo seria viabilizar o êxito em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, segundo a apuração, os atletas recebem parte dos ganhos, em caso de êxito. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta. Resultados de seis jogos na Série A do Brasileiro de 2022 estão sendo investigados, assim como cinco partidas de estaduais pelo Brasil, entre eles os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-grossense e Paulista, todos deste ano.
Um dos jogadores investigados no esquema de manipulação de resultados é Victor Ramos, atualmente na Chapecoense, mas que, durante os fatos analisados, defendia a Portuguesa. Victor prestou depoimento e foi liberado.
Fonte: Diário do Sul