Preso desde dezembro de 2022 na primeira fase da Operação Mensageiro, o prefeito afastado de Pescaria Brava, Deyvisonn da Silva de Souza (MDB), concordou em participar do esquema de propina antes de ser eleito em 2016, de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Nessa quinta-feira (13), Deyvisonn virou réu na Justiça. A 5ª Câmara também derrubou o sigilo do processo e mais detalhes sobre a operação se tornaram públicos.
Também nesta quinta, o prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PSD), igualmente virou réu no processo da operação que apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
Segundo a denúncia do MPSC, entre agosto e setembro de 2016, antes das eleições municipais, Deyvisson teria pedido uma reunião com o gerente regional do aterro sanitário administrado pela Serrana no município.
Além disso, ele teria solicitado R$ 15 mil para facilitar a execução do atual contrato e futuros acordos. Ainda de acordo com a denúncia, após assumir a prefeitura, ficou combinado o repasse de R$ 3 mil em dinheiro vivo, calculado a cada mês de vigência do contrato.
Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2022, ele teria recebido, de acordo com o MP, vantagens em ao menos 11 oportunidades, o que daria um total mínimo de R$ 198 mil. “Os valores da propina foram pagos adiantados e em quantidade cumulativa correspondente a 6 meses, razão pela qual os encontros para recebimento do dinheiro ilícito ocorriam, em regra, apenas duas vezes por ano”, aponta a denúncia.
Ao final do documento, Deyvisonn é denunciado 13 vezes por corrupção passiva e por organização criminosa.
Fonte: Sul Agora