A região registrou novamente saldo positivo na criação de novos postos de trabalho formal em fevereiro. Foram 838 novas vagas de emprego com carteira assinada criadas no segundo mês do ano. O saldo positivo teve um aumento de 110% em relação a janeiro deste ano.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, e mostram que a criação de empregos com carteira assinada tem aumentado a cada mês.
O setor de serviços foi o responsável pelo maior saldo positivo na geração de empregos em fevereiro, com 792 novas vagas criadas na região. A indústria e a construção civil vêm em seguida, com 144 e 67 novos postos de trabalho criados no segundo mês do ano, respectivamente.
Braço do Norte, Tubarão, Imbituba e Jaguaruna foram as quatro cidades com mais empregos gerados em fevereiro, com, respectivamente, 224, 199, 184 e 114 admissões a mais que desligamentos.
Destaque também para o aumento na criação de novas vagas de trabalho nestes municípios em relação ao primeiro mês do ano. Braço do Norte havia registrado, em janeiro, 81 novos empregos com carteira assinada; Tubarão havia criado 23 novos postos formais; Imbituba registrou um saldo negativo, em janeiro, de 82 demissões a mais que admissões; e Jaguaruna, havia criado, em janeiro, 87 vagas de trabalho.
Foi o setor de serviços também o responsável pelo grande aumento de empregos formais nos quatro municípios em destaque: Braço do Norte, 176: Tubarão, 191; Imbituba, 248; e Jaguaruna, 72.
Santa Catarina lidera a geração de postos de trabalho formal no Sul
Santa Catarina teve o segundo maior saldo de empregos do Brasil em 2023, segundo o Caged. O Estado acumulou neste ano 36.026 vagas de trabalho, atrás apenas de São Paulo, com 83.597, ficando na liderança na região Sul do país.
Em janeiro, Santa Catarina gerou 18.317 vagas. Em fevereiro, avançou ainda mais, com 19.683 novos postos de trabalho.
O governador Jorginho Mello comemorou o resultado. “Santa Catarina é um Estado diferenciado, que oferece segurança para os investimentos e que tem compromisso com o trabalho. Nós vamos atuar fortemente para trazer mais empresas e investimentos”, destacou.
Em 2023, as cidades industriais de Santa Catarina despontaram como as maiores geradoras de empregos formais, segundo o Caged. Joinville lidera a lista, com 3.546 novas vagas, seguida de Itajaí (2.432) e Jaraguá do Sul (1.528). Blumenau também está em destaque, com 1.421 postos de trabalho.
A agroindústria catarinense também se destacou no ano, fazendo despontar cidades do Oeste, Meio-Oeste e da Serra na geração de empregos. Chapecó garantiu 1.428 vagas, Fraiburgo (1.333) e São Joaquim (1.210), as duas últimas que estão em fase de colheita da maçã.
Os dados do Caged completaram a agenda econômica do governador, que esteve na Fiesc para o lançamento de um programa para qualificação de trabalhadores em Vargeão, no Oeste. A Nestlé Purina fará um investimento de mais de R$ 1 bilhão para uma nova fábrica no município, com a perspectiva de gerar mais de dois mil empregos diretos e indiretos.
Mesmo com queda, Brasil ainda teve criação de 241,7 mil vagas
Prejudicada pela desaceleração econômica e pelo fechamento de vagas no comércio, a criação de emprego formal caiu em fevereiro. Segundo dados divulgados pelo Caged, 241.785 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no segundo mês do ano. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Em relação a fevereiro de 2022, houve queda de 26,4%. No período, tinham sido criados 328.507 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Apesar da desaceleração em relação a fevereiro do ano passado, continua a haver melhora em relação a dezembro, quando foram fechados 440.669 postos. Em janeiro, foram criados 84.571.
Considerando os meses de janeiro e fevereiro, foram abertas 326.356 vagas. Esse é o resultado mais baixo para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do Caged, em 2020. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia não torna
possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em fevereiro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 164,2 mil postos, seguido pela construção civil, com 40.380 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com a criação de 22.246 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou na agropecuária, com a abertura de 16.284 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 1.325 vagas.
Fonte: Diário do Sul